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O Blogue da Isilda

Surgem-se assim de repente, como quem não quer a coisa. São simples mas vividas. E sentidas… Eis as minhas poesias!



Quinta-feira, 27.12.12

A Minha Vida

 

Quanto mais eu quero à vida

Mais eu a sinto fugir

Vai numa louca corrida

Quase não se deixa sentir

 

Quando uma vida começa

É sempre tão pequenina

A minha andou tão depressa

Já deixou de ser menina.

 

Às vezes pinto a vida

Nem em quadro nem em tela

Pinto-a de forma sentida

A que eu possa saber dela

 

Esta passagem na vida

Que muitos não sabem viver

Numa ambição desmedida

Passa depressa a correr

 

Há vida na minha vida

Há vida que eu já vivi

Quanto mais te quero ó vida

Mais eu me afasto de ti

 

Não peço nada à vida

Que ela não me possa dar

Mas fico-lhe agradecida

Por em cada dia acordar

 

De talentos e fracassos

Não tenho ambição desmedida

Sigo nela os meus passos

Que me encaminham na vida

 

Falo da vida com vaidade

Nela encontro todo o meu ser

Mas vivo-a com simplicidade

Porque ela me ensina a viver

 

Quando a minha vida terminar

Não terei quem chore por mim

Mas serei quem vai chorar

Porque a minha vida chega ao fim.

 

 

Covão do Feto, Fevereiro de 1996

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por Isilda Lopes Tavares às 21:54


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