Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Surgem-se assim de repente, como quem não quer a coisa. São simples mas vividas. E sentidas… Eis as minhas poesias!
Quanto mais eu quero à vida
Mais eu a sinto fugir
Vai numa louca corrida
Quase não se deixa sentir
Quando uma vida começa
É sempre tão pequenina
A minha andou tão depressa
Já deixou de ser menina.
Às vezes pinto a vida
Nem em quadro nem em tela
Pinto-a de forma sentida
A que eu possa saber dela
Esta passagem na vida
Que muitos não sabem viver
Numa ambição desmedida
Passa depressa a correr
Há vida na minha vida
Há vida que eu já vivi
Quanto mais te quero ó vida
Mais eu me afasto de ti
Não peço nada à vida
Que ela não me possa dar
Mas fico-lhe agradecida
Por em cada dia acordar
De talentos e fracassos
Não tenho ambição desmedida
Sigo nela os meus passos
Que me encaminham na vida
Falo da vida com vaidade
Nela encontro todo o meu ser
Mas vivo-a com simplicidade
Porque ela me ensina a viver
Quando a minha vida terminar
Não terei quem chore por mim
Mas serei quem vai chorar
Porque a minha vida chega ao fim.
Covão do Feto, Fevereiro de 1996
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.